Giuliana Capello - 21/06/2011 às 10:51
".... Uma coisa que me veio à mente tem a ver com a falsa ideia de que nunca tivemos tanta liberdade como temos hoje em dia. E estou falando do Brasil mesmo, especificamente. Com a economia mais estável, milhões de brasileiros subiram para a condição de consumidores de bens e serviços, e acreditam que, por isso, são mais livres.... É preciso notar que as pessoas erram ao considerar-se mais livres por conta da sensação de mais poder de consumo. Consumir mais não significa ser mais livre. Ao contrário, significa estar mais dependente de uma série de bens e serviços e, mais ainda, de um trabalho que suga nosso tempo e nossa criatividade e cada vez menos consegue dar conta de nossas novas demandas.
Pense comigo: dez ou quinze anos atrás, ninguém tinha celular, nem internet, nem pacote de tv por assinatura, nem iPad, nem iPhone, nem tantos carros na garagem, nem tanto crédito para comprar, comprar e comprar. Certamente, nossos salários não subiram na mesma proporção das nossas novas “necessidades” de consumo, certo? E, no entanto, cá estamos, felizes com a possibilidade de nos envolvermos num mar de quinquilharias com prazos de validade – por conta da obsolescência – cada vez menores, ainda que a conta do cartão de crédito represente sempre uma curva ascendente.
Liberdade, é preciso entender, caminha junto com sustentabilidade. Hábitos mais ecológicos – acredite! – é que nos dão mais autonomia e, com ela, mais liberdade. Quer ver só? Toda vez que optamos por andar de bike pela cidade, no fundo estamos decretando nossa liberdade diante das indústrias automobilística e petrolíferas. Quando cultivamos uma horta orgânica em casa estamos, na verdade, diminuímos nossa dependência das indústrias do agronegócio e dos mercados distribuidores desses produtos. Da mesma forma, quando compramos menos roupas estamos dizendo ao mundo: “não preciso de tudo isso”. Em outras palavras, somos mais livres.
Não é incrível? Não é curioso pensar assim, invertendo uma lógica tão arraigada na sociedade? Aqueles que optam por uma vida mais simples, voluntariamente, estão, de fato, conquistando mais liberdade! Pense nisso! ..."
Ilustração: Valdinei Calvento (Cabelo).
O texto na integra está na página:
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/gaiatos/liberdade-anda-junto-ustentabilidade-293398_post.shtml
Pense comigo: dez ou quinze anos atrás, ninguém tinha celular, nem internet, nem pacote de tv por assinatura, nem iPad, nem iPhone, nem tantos carros na garagem, nem tanto crédito para comprar, comprar e comprar. Certamente, nossos salários não subiram na mesma proporção das nossas novas “necessidades” de consumo, certo? E, no entanto, cá estamos, felizes com a possibilidade de nos envolvermos num mar de quinquilharias com prazos de validade – por conta da obsolescência – cada vez menores, ainda que a conta do cartão de crédito represente sempre uma curva ascendente.
Liberdade, é preciso entender, caminha junto com sustentabilidade. Hábitos mais ecológicos – acredite! – é que nos dão mais autonomia e, com ela, mais liberdade. Quer ver só? Toda vez que optamos por andar de bike pela cidade, no fundo estamos decretando nossa liberdade diante das indústrias automobilística e petrolíferas. Quando cultivamos uma horta orgânica em casa estamos, na verdade, diminuímos nossa dependência das indústrias do agronegócio e dos mercados distribuidores desses produtos. Da mesma forma, quando compramos menos roupas estamos dizendo ao mundo: “não preciso de tudo isso”. Em outras palavras, somos mais livres.
Não é incrível? Não é curioso pensar assim, invertendo uma lógica tão arraigada na sociedade? Aqueles que optam por uma vida mais simples, voluntariamente, estão, de fato, conquistando mais liberdade! Pense nisso! ..."
Ilustração: Valdinei Calvento (Cabelo).
O texto na integra está na página:
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/gaiatos/liberdade-anda-junto-ustentabilidade-293398_post.shtml