Tatiana, mulher, amiga, irmã, mãe.
Educadora, poeta, permacultora, yoguini, às vezes cozinheira outras vezes escritora
Gosta do que é místico, alternativo, do sustentável, do simples;
Nasceu no verão e gosta de terra e mato,
mas aprendeu a gostar de sol e mar.
Sou guardiã da SURYA
Que veio para iluminar
as sombras e o caminho!
Em outros tempos, éramos educadores que diante do tema da sustentabilidade (questão urgente e importante do nosso tempo) reconheceram (em 2011) a sua completa ignorância, principalmente no que diz respeito a sustentabilidade prática (já que o conhecimento teórico pode ser adquirido por meio de pesquisa e leituras específicas). Com um vazio interior, inquietos e insatisfeitos, buscávamos uma vida mais significativa, e, saindo de nossa zona de conforte deixamos para trás aquilo ao que estavamos apegados dispostos a ser diferente do que havíamos sido até então.
Pretendíamos começar uma viagem pelo Brasil. Nosso objetivo: mudar a nós mesmos (0 nosso mundo) para mudar o mundo (oportunizando uma educação para a vida sustentável). Tendo em vista isto, pretendíamos visitar, interagir, ter vivencias sociais nas comunidades sustentáveis e nos Institutos de Permacultura responsáveis por difundir um conhecimento tanto ambiental (técnicas e práticas) quanto social, capaz de mudar o nosso mundo e o mundo em que vivemos.
Nestes lugares, em que silenciosa e visivelmente se processa uma revolução social e ambiental, buscaríamos desconstruir o nosso habitus (comportamentos e atitudes sociais e culturalmente construídas) insustentável para construir um habitus sustentável. O que esperávamos era realizar a desconstrução-construção de nós mesmos por meio do conhecimento, da aplicação e da aprendizagem dos exemplos sustentáveis adquiridos na convivência e na ação prática.
O conhecimento feito de experiência desejavamos compartilhá-lo. Reconhecíamos que nenhum outro lugar é mais apropriado para partilhar e cultivar os exemplos promotores de uma vida sustentável do que a escola. Ali, se encontra o solo fértil para as sementes do futuro sustentável e, portanto, de um novo mundo, mais humano e igualitário.
Nossa proposta era nos pôr a caminho porque acreditamos que é possível uma mudança no atual modo de vida, mas ela só acontece quando nos permitímos mudar a nós mesmos. Neste caminho da sustentabilidade seríamos educadores aprendizes para nos tornarmos educadores (itinerantes) multiplicadores de práticas e valores sustentáveis.
Fato é que aprendemos a não precisamos buscar longe o que está tão perto, basta olhar ao nosso redor, perceber os sinais, e, não ir contra. Não é fácil aceitar e reconhecer que, muitas vezes, o mais acertado é oposto àquilo que se quer, porém, um pouco de sabedoria auxilia a lidar com isso. Por pura sincronicidade, não saímos do nosso lugar, não pegamos a estrada, mas nem por isso deixamos de estar em movimento. O movimento está acontecendo aqui onde nos encontramos e, assim, fluindo somos exemplos de sustentabilidade e compartilhamos, sempre que é possível e permitido, dentro das escolas.
No caminho da sustentabilidade mudamos nosso modo de vida, nossa conexão e cuidado com a natureza, não apenas nos tornamos educadores para a sustentabilidade, mas, sobretudo, despertamos para espiritualidade, a dimensão do sagrado que se encontra dentro de cada um de nós e que quando floresce ressignifica a própria vida tanto quanto o mundo ao redor.
