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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

“Torna-te quem tu és”


“O que diz sua consciência? – torne-se aquilo que você é” (Nietzsche)
Como posso tornar-me o que já sou? O discernimento. É ele que conduz ao reconhecimento daquilo que já somos, mas buscamos por achar que nos falta. Como poderíamos deixar de ser aquilo que sempre somos? Há ilusões. As ilusões provém do mundo de fora, dos sentidos que, de fato, estão todos voltados para fora. Conhecemos o mundo pelos cinco sentidos e através deles compreendemos que existe uma separação entre nós, ou ainda, entre o eu que somos e o mundo. Há uma ilusão de separação criada pelos sentidos. Os sentidos nos enganam!

“Como alguém se torna o que é?” (Nietzsche)

Tornar-se o que se é consiste em reconhecer a nossa unidade, implica em tornar-se um com o todo, ou ainda, v(iv)er a unidade que, na verdade, nunca deixamos de ser. A fragmentação é dada pelos sentidos que operam em conjunto com a mente, mas efetivamente não existe. Se deixarmos de estar distraídos, voltados para fora ... se existirmos como Presença é possível reconhecer a nossa integridade – ser todo – ainda que fisicamente separados. Percebemos que nunca perdemos ou deixamos de estar em correspondência com o todo, contudo, isso se dá em outra esfera, no âmbito do sutil. Que há fios invisíveis que nos une a tudo estou certa porque isso possui a mesma natureza da nossa conexão, a fusão entre mãe-filha.

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