Encontramos ali onde menos esperavamos encontrar aquilo que procuravamos. Como já escrevi em um outro momento, a nossa proposta de troca entre trabalho voluntário e sustento (alimentaçao\hospegagem) não foi bem recebida pela maioria das comunidades sustentáveis e centros de permacultura, principalmente, do sul e sudeste do Brasil. Se o acontecer do mud@mundo dependesse dos espaços ecológicos com que entramos em contato, se dependesse da cooperação e da solicitude das comunidades sustentáveis e centros de permacultura, então, nosso projeto, simplesmentente, não aconteceria. O caso é que, em um dos nossos insistentes contatos topamos com uma pessoa desconhecida pra nós mas que se tornou especial: a Marsha. Além de disponibilizar o seu espaço por alguns dias ao mud@mundo, ela compartilhou conosco uma informação valiosa. Marsha mencionou, por e-mail, um programa de voluntariado que existe ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Graças a isso continuamos aqui, firmes no propósito de realizar o mud @mundo. Imediatamente fizemos nosso cadastro no programa de voluntariado e buscamos pelas propriedades agrícolas que empregam tecnologias alternativas. Tudo parecia ser perfeito demais, por isso, nos preocupamos em enviar o formulário solicitado e nos certificar de que realmente funcionava o voluntariado. Para nossa surpresa e alegria, sim!. Existe nestes espaços a troca entre trabalho voluntário e hospedagem\alimentação\conhecimento prático. Encontramos ali, nas pequenas propriedade agrícolas, nos sitios e pousadas (que muito pouco se preocupam em divulgar ao quatro ventos o trabalho que desenvolvem, os valores que cultivam e o seu modo de vida sustentável) o verdadeiro significado de cooperação, solidariedade, partilha e, mais do que isso, o verdadeiro significado de voluntariado, o voluntariado que se constitui da troca. Ainda nos resta acertar as datas, mas, certamente, não deixaremos de passar por estes lugares e apresentá-los aqui.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Ecovilas como contracorrente
Num dias desses estava lendo Edgar Morin e me deparei com a ideia de que, no mundo em que convivemos há dois poderes de morte: o primeiro é o da possbilidade da extinção global pelas armas nucleares; o segundo é a possibilidade da morte ecológica (o dominio da natureza pela técnica nos conduz ao suicidio). Como reação a isso há, então, o que o autor chamou de contracorrente. Há “a contracorrente ecológica, que com o crescimento das degradações e o surgimento de catastrofes técnicas\industriais tende a aumentar; a controcorrente qualitativa que, em reação a invasão do quantitativo e da uniformização generalizada, se apega à qualidade em todos os campos, a começar pela qualidade de vida; a contracorrente, ainda tímida, de emancipação em relação à tirania onipresente do dinheiro, que se busca contabalançar por relações humanas e solidárias, fazendo retroceder o reino do lucro“. Isso me fez pensar sobre as comunidades sustentáveis (ecovilas) e suas ações.
Conforme Robert Gilman, uma ecovila é um assentamento humano ecológico, isto é, sustentável, em zona rural ou urbana, que possuí uma organização social própria, que integra atividades humanas que não prejudicam o meio ambiente, apoiam um desenvolvimento saudável e que pode continuar indefinidamente. Comummente, se compreende as comunidades sustenáveis como sendo um lugar em que as pessoas ou familias buscam viver juntas, não necessariamente na mesma casa mas no mesmo espaço, compartilhando valores comunitários e, além disso, buscando viver em harmonia com a natureza, em todos os seus níveis. É um lugar onde as diferentes esferas da vida humana (social, espiritual, ecológica) deveriam ser igualmente importante. É fato que este modelo de vida vem crescendo, que há muita gente em todo o mundo compartilhando da visão e do desejo de criar ou viver em uma comunidade sustentável.
Em 1998, as comunidades sustentáveis foram nomeadas oficialmente na lista da ONU das 100 melhores práticas para o desenvolvimento sustentável, como modelos excelentes de vida sustentável. O modelo de ecovila tem proposto soluções viáveis não apenas para a erradicação da pobreza mas também da degradação do meio-ambiente. Elas surgem de acordo com as características de suas próprias bio-regiões e dentro do seu próprio contexto cultural e incluem em sua organização muitas práticas sustentáveis, ou seja, em todas elas há uma preocupação com energias renováveis, com construções de baixo impacto, com o lixo, com a àgua e a terra. Por reconhecer uma interdependência entre nós e mundo natural, as ecovilas possuem uma relação diferenciada entre homem e natureza. O ser humano é entendido como um ser integrado a natureza e que deve se ocupar dela de modo racional e com ela trocar saberes.
Em 1998, as comunidades sustentáveis foram nomeadas oficialmente na lista da ONU das 100 melhores práticas para o desenvolvimento sustentável, como modelos excelentes de vida sustentável. O modelo de ecovila tem proposto soluções viáveis não apenas para a erradicação da pobreza mas também da degradação do meio-ambiente. Elas surgem de acordo com as características de suas próprias bio-regiões e dentro do seu próprio contexto cultural e incluem em sua organização muitas práticas sustentáveis, ou seja, em todas elas há uma preocupação com energias renováveis, com construções de baixo impacto, com o lixo, com a àgua e a terra. Por reconhecer uma interdependência entre nós e mundo natural, as ecovilas possuem uma relação diferenciada entre homem e natureza. O ser humano é entendido como um ser integrado a natureza e que deve se ocupar dela de modo racional e com ela trocar saberes.
Assim sendo, considero as ecovilas como exemplos concretos da contracorrene ecológica, uma vez que, se propõem a serem modelos de vida alternativa ao modo de vida insustentável e doentio da maioria das pessoas. Na medida em que há nelas uma preocupação em viver em harmonia com a natureza (com o mundo natural), com a alimentação orgânica e saudável e, em muitos casos, com uma saúde holistica, elas também representam a contracorrente qualitativa. Além disso, representam uma tentativa de emancipaçao em relação à tirania onipresente do dinheiro. É verdade que essa emanciapação é bastante tímida uma vez que, valores sustentáveis como partilha, solidariedade e cooperação fazem parte da maioria dos discursos, mas nem sempre são facilmente vistos aplicados na prática. É evidente que, como filhos do capitalismo, ainda há em nossas mentes e corações resquícios de valores associados a prática da dominaçao e da exploração. Certo estava Fernando Pessoa quando disse que “o sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse nunca é o que se vê quando a janela se abre“.
Reflexões sucitadas pela leitura do livro: Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro, de Edgar Morin.
Reflexões sucitadas pela leitura do livro: Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro, de Edgar Morin.
sábado, 19 de novembro de 2011
Ninguém se põe a caminho se não acredita que é possível uma mudança
Neste último mês, iniciamos os primiero contatos com os centros de permacultura e com as ecovilas. Nosso contato é através de um e-mail não muito longo, no qual explicamos sinteticamente a ideia geral do projeto. Nosso objetivo é, primeiro despertar o interesse do nosso possível espaço de vivencia e aprendizado. Caso ocorra um retorno, nosso segundo passo é explicar com mais detalhes quem somos e sobre os próprio projeto. A ideia do trabalho voluntário, em que ocorre a troca entre trabalho e a alimentação\hospedagem não parece existir. Nós entendemos o voluntariado como sendo uma troca solidária entre trabalho\serviços e condições de sobrevivência; e, ainda, como uma troca de conhecimentos, sejam científicos ou comuns (obtidos pela intuição e experiência de vida), de valores, de visão de mundo, tudo isso sem o envolvimento de valores econômicos. Porém, na prática, estamos nos deparando com inúmeras dificuldades uma vez que além de se dedicar em média 6hs por dia ao trabalho voluntário há uma cobrança econômica para partilhar conhecimentos e espaços. É difícil (para nós) compreender porque espaços que são exemplos de um modo de vida alternativo, por se proporem a ser não só sustentáveis mas cultuar valores sustentáveis, são ainda tão dependentes do capital-dinheiro.
Ao começar a nossa caminhada, infelizmente, começamos nos deparando com pessoas e grupos que muito pouco tem dentro de si daquilo que anunciam aos quatro ventos: o significado real de cooperação, solidariedade, de partilha justa (que redistribuí o excedente). Compreendemos que o excedente pode ser não só alimentos, mas, principalmente, o conhecimento (já que a posse de conhecimento é essencial para acontecer uma mudança no mundo). O fato é: com o brotar timido de um outro modo de vida (mais sustentável) brota também a incoerencia entre teoria e prática e, justamente, nos espaços que são representações deste outro mundo. Por que é sempre mais fácil a teoria do que a prática? Sim, bem sei que falo de seres humanos que apesar de terem despertado sua “consciência sustentável” (promotora de modelos de vida alternativos), continuam sendo imperfeitos. Por serem assim, buscam continuamente uma mudança e aperfeiçoamento de si mesmos, mas, imaginei estarem em um estágio mais avançado. O fato é que em espaços alternativos nem tudo é ofertado de maneira generosa, despida de expectativas e valor econômico. Nem tudo é verdadeiramente compartilhado com todos. E verdade seja dita: mais do que as palavras, são as atitudes que expressam o que verdadeiramente somos.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Nós, os modernos bobos da corte
Iniciamos o processo de desconstrução-construção de nós mesmos, do nosso modo de vida rumo a uma vida mais significativa e sustentável, conectada com a natureza, cheia de simplicidade e encanto. Isso tem provocado algumas reações diversas (adversas). Para uns é estranho (justamente porque representamos uma atitude ou posição que não é comum); para outros, soa como ofensa (talvés porque fazemos o que outros já se sentiram inspirados a fazer mas não dispostos ou ainda porque estiveram dispostos, mas desistiram); e, há aqueles que dizem: como vocês são corajosos! Como vocês são loucos! Como vocês são sonhadores! E, talvés, isso seja assim porque ou se sentem incapazes de realizar um projeto deste tipo ou se sentem enganados enquanto ouvintes de algo tão absurdo ou ainda porque não há mais a coragem de sonhar.
Não ser levado a sério (independentemente do motivo) me faz recordar dos bobos da corte, que (no período medieval) eram a personificação dos “loucos”, os quais nunca eram levados a sério pelos absurdos que saiam de suas bocas, absurdos que serviam para entreter a família real e que muitas vezes não eram mais do que verdades bem ditas. Nós, talvés, somos assim como os “loucos-bobos” da corte, pois, como eles temos a coragem de dizer a verdade, por mais absurda que ela possa parecer. E o que nós loucos proferimos? Que trabalhamos para um mundo caduco; que este mundo não faz sentido; que uma vida deve ser movida pela troca solidária, em todos os sentidos. É nesta verdade - ainda que aparentemente contraditória (já que é entendida como mentira no pensamento e no agir da maioria) - que encontramos a nossa sanidade. É só nesta verdade que seremos capazes de continuar vivendo, capaz de reconhecer o sentido da existência, capaz de reencantar o nosso mundo.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Helena, os orgânicos e a pitaia
Em uma das muitas conversas entre minha mãe e eu, ela, do seu jeito simples e despreocupado fala de como “aquilo que era antigo começou a ser valorizado outra vez”. Ela, que ainda hoje usa as mãos para cultivar a terra, estava se referindo a agricultura e a valorização dos produtos, que eram produzidos em hortas familiares e sem o uso de agrotóxicos, os quais, atualmente, são chamados de orgânicos. Tentei dar sequência a conversa explicando que isso se deve ao fato da sustentabilidade, o ideal do nosso tempo. Procurei de modo bastante simplório explicar que a sustentabilidade é justamente uma tentativa de resgatar a conexão e o respeito pela natureza, perdidos com o passar do tempo e com o surgimento das tecnologias. É justamente a conexão e o respeito consigo mesmo e com a natureza o que expressa o trabalho com a terra e a produção de alimentos orgânicos.
Para tornar ainda mais compreensível o porquê do resgate da agricultura “antiga” (aquela que era praticada em pequenas (ou médias) propriedades rurais, que produzia uma variedade de produtos, usando técnicas que não agrediam o meio ambiente, fertilizantes naturais e nenhum agrotóxico) exliquei o fato da agricultura moderna (que se baseia no uso de adubação química (sintética), sementes transgênicas e de agrotóxicos) estar provocando uma destruição do meio ambiente e efeitos negativos sobre a nossa saúde. Ela agride o meio ambiente porque utiliza produtos químicos que causam o desequilibrio ecológico e a contaminação do solo além da contaminação da água, e, agride a nossa saúde porque todos os dias estamos levando à mesa alimentos que cada vez estão mais contaminados e, consequnetemnte, estamos adoecendo mais facilmente.
Para tornar ainda mais compreensível o porquê do resgate da agricultura “antiga” (aquela que era praticada em pequenas (ou médias) propriedades rurais, que produzia uma variedade de produtos, usando técnicas que não agrediam o meio ambiente, fertilizantes naturais e nenhum agrotóxico) exliquei o fato da agricultura moderna (que se baseia no uso de adubação química (sintética), sementes transgênicas e de agrotóxicos) estar provocando uma destruição do meio ambiente e efeitos negativos sobre a nossa saúde. Ela agride o meio ambiente porque utiliza produtos químicos que causam o desequilibrio ecológico e a contaminação do solo além da contaminação da água, e, agride a nossa saúde porque todos os dias estamos levando à mesa alimentos que cada vez estão mais contaminados e, consequnetemnte, estamos adoecendo mais facilmente.

E foi assim, em uma tarde ensolada e quente que aprendemos que é possível produzir muito mesmo que em um pequeno pedaço de terra, que conhecemos Helena, uma agricultora exemplar, as suas plantações; saboremos os seus morangos e amoras; e conhecemos a Pitaia Amarela, fruto de uma das várias espécies de cactos epífitos que não custa menos do que custa R$ 99,00 o quilo.

domingo, 6 de novembro de 2011
A primavera está aí e está aqui (em mim).
Me demorei, sob um céu propício, observando as borboletas com o seu esvoaçante dançar no ar, sentindo a brisa suave que de mansinho e repetidamente enchia minhas narinas de um ar perfumado, e, assim, fiquei a pensar: com a primavera também floresce algo em mim. A primavera é o acordar do que estava recolhido, é o desabrochar do que estava adormecido, do inverno: a estação do recolhimento e da instrospecção, das reflexões ... Sinto uma conexão profunda com a natureza: com a renovação da primavera, com a instrospeccção do inverno.
É primavera! Os dias passam a ficar mais longos e nosso hemisfério torna a ser mais iluminado pela luz do sol. É um novo ciclo! É tempo de renovação! Sinto vontade de pular, correr, de respirar mais fundo, de me espreguiçar mais vezes, de sentir o vento bater no rosto. É assim, com o giro das estações, conectada à primavera, que surgem as flores no meu jardim, que surgem as flores (ideias) em mim, transformadoras (de mim) do meu mundo, da vida que inconformada e protestantemente tenho levado. Ah, Primavera! por ser renovação,me impulsiona a iniciar uma série de mudanças na vida, no seu ritmo, na sua conexão com a natureza. Entregar-se ao fluxo, fruir e usufruir de uma renovação, primeiro, no olhar (sentir), depois, no criar (fazer). Um olhar atento percebe os ciclos da natureza, celebra a natureza ao celebrar a si mesmo.
Ah, Primavera! Tempo do florescer, e, por isso, de renovar-se! É na primavera o instante do nascimento deste projeto. O mud@mundo é filho da primavera! Que é prima-irmã do tempo. O mud@mundo é a flor que nasce na primavera, flor onde pousa a borboleta (a liberdade) e que vira um fruto. E toda renovação, como representa Shiva, é, igualmente, desconstrução e construção. O mud@mundo não é outra coisa senão a descontrução-construção do meu habitus insustentável para um modo de vida simples, sustentável, cheio de significado e sentido.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Liberdade anda junto com sustentabilidade
Giuliana Capello - 21/06/2011 às 10:51
".... Uma coisa que me veio à mente tem a ver com a falsa ideia de que nunca tivemos tanta liberdade como temos hoje em dia. E estou falando do Brasil mesmo, especificamente. Com a economia mais estável, milhões de brasileiros subiram para a condição de consumidores de bens e serviços, e acreditam que, por isso, são mais livres.... É preciso notar que as pessoas erram ao considerar-se mais livres por conta da sensação de mais poder de consumo. Consumir mais não significa ser mais livre. Ao contrário, significa estar mais dependente de uma série de bens e serviços e, mais ainda, de um trabalho que suga nosso tempo e nossa criatividade e cada vez menos consegue dar conta de nossas novas demandas.
Pense comigo: dez ou quinze anos atrás, ninguém tinha celular, nem internet, nem pacote de tv por assinatura, nem iPad, nem iPhone, nem tantos carros na garagem, nem tanto crédito para comprar, comprar e comprar. Certamente, nossos salários não subiram na mesma proporção das nossas novas “necessidades” de consumo, certo? E, no entanto, cá estamos, felizes com a possibilidade de nos envolvermos num mar de quinquilharias com prazos de validade – por conta da obsolescência – cada vez menores, ainda que a conta do cartão de crédito represente sempre uma curva ascendente.
Liberdade, é preciso entender, caminha junto com sustentabilidade. Hábitos mais ecológicos – acredite! – é que nos dão mais autonomia e, com ela, mais liberdade. Quer ver só? Toda vez que optamos por andar de bike pela cidade, no fundo estamos decretando nossa liberdade diante das indústrias automobilística e petrolíferas. Quando cultivamos uma horta orgânica em casa estamos, na verdade, diminuímos nossa dependência das indústrias do agronegócio e dos mercados distribuidores desses produtos. Da mesma forma, quando compramos menos roupas estamos dizendo ao mundo: “não preciso de tudo isso”. Em outras palavras, somos mais livres.
Não é incrível? Não é curioso pensar assim, invertendo uma lógica tão arraigada na sociedade? Aqueles que optam por uma vida mais simples, voluntariamente, estão, de fato, conquistando mais liberdade! Pense nisso! ..."
Ilustração: Valdinei Calvento (Cabelo).
O texto na integra está na página:
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/gaiatos/liberdade-anda-junto-ustentabilidade-293398_post.shtml
Pense comigo: dez ou quinze anos atrás, ninguém tinha celular, nem internet, nem pacote de tv por assinatura, nem iPad, nem iPhone, nem tantos carros na garagem, nem tanto crédito para comprar, comprar e comprar. Certamente, nossos salários não subiram na mesma proporção das nossas novas “necessidades” de consumo, certo? E, no entanto, cá estamos, felizes com a possibilidade de nos envolvermos num mar de quinquilharias com prazos de validade – por conta da obsolescência – cada vez menores, ainda que a conta do cartão de crédito represente sempre uma curva ascendente.
Liberdade, é preciso entender, caminha junto com sustentabilidade. Hábitos mais ecológicos – acredite! – é que nos dão mais autonomia e, com ela, mais liberdade. Quer ver só? Toda vez que optamos por andar de bike pela cidade, no fundo estamos decretando nossa liberdade diante das indústrias automobilística e petrolíferas. Quando cultivamos uma horta orgânica em casa estamos, na verdade, diminuímos nossa dependência das indústrias do agronegócio e dos mercados distribuidores desses produtos. Da mesma forma, quando compramos menos roupas estamos dizendo ao mundo: “não preciso de tudo isso”. Em outras palavras, somos mais livres.
Não é incrível? Não é curioso pensar assim, invertendo uma lógica tão arraigada na sociedade? Aqueles que optam por uma vida mais simples, voluntariamente, estão, de fato, conquistando mais liberdade! Pense nisso! ..."
Ilustração: Valdinei Calvento (Cabelo).
O texto na integra está na página:
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/gaiatos/liberdade-anda-junto-ustentabilidade-293398_post.shtml
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